Holambra

A fazenda que se tornou a capital das flores da América Latina
De 30 de agosto a 29 de setembro, Holambra realiza a tradicional Expoflora, este ano em sua 32ª edição
Por Sidney Tobias de Souza
sidney@adeva.org.br
Quando pensamos na primavera ou em presentear alguém que amamos, pensamos em flores. Mas de onde vem as flores? 60% do abastecimento do mercado nacional e 40% da exportação brasileira de flores e plantas ornamentais são produzidas em Holambra.
Se você fizer como eu e visitar essa cidade, cujo nome origina-se da combinação de Holanda, América e Brasil, a 140 km da capital paulista, de costumes tipicamente holandeses, terá uma agradável surpresa.
Fui a Holambra durante a 31ª Expoflora, uma exposição anual de arranjos florais. Aliás, o tema deste ano é "Flores, Contos e Lendas". Paisagistas, decoradores e designers de interiores criaram belos ambientes para a admiração dos visitantes e, em especial, para os amantes da fotografia.
Depois de conhecer a exposição, assisti a uma bela manifestação cultural da imigração holandesa, danças típicas dos Países Baixos. O ritmo, marcado com aqueles tamanquinhos de madeira, é agradável, e o público quase dança junto. De fato, os imigrantes holandeses que deram origem à estância turística de Holambra deixaram suas marcas por todo o município. Cito algumas: o maior moinho típico holandês da América Latina, belas praças e lagos espalhados pela cidade, os famosos campos de flores de Holambra, a arquitetura neerlandesa e as tulipas, símbolo dos Países Baixos, estampadas nas calçadas.
Já a culinária local é um show à parte. Quando a fome bateu, escolhi um prato holandês bem típico, o "stampotwortel" (purê de batata com cenouras e carne de porco e molho de cerveja) acompanhado com chucrute e arroz com ervas. Enquanto o prato não vinha, provei e aprovei um "zure haring", arenque cru em conserva com vinagre natural, sal, pimenta, cebola, junípero e várias outras especiarias. Acompanhado de uma cerveja bem gelada, este peixe cru é uma delícia. A sobremesa pode ser saboreada em uma das muitas confeitarias típicas que existem na cidade, onde, sem culpa, podemos degustar doces como: "stroopwafel" (waffle recheado com caramelo de melaço de cana), "violtje" (doce de violeta), "bloempot" (semelhante a uma torta holandesa, servida como vaso de flor), Vlaai de Damasco (waffle recheado com damasco) e o delicioso sorvete de rosas.
Quem ainda quiser desfrutar mais do ambiente tranquilo de Holambra, pode fazer um passeio a cavalo, pescar em um dos lagos ou visitar a criação de jacarés de papo-amarelo do Sítio Arurá.
Já no fim da tarde, pude assistir à tradicional chuva de pétalas da Expoflora, na qual são utilizados 150 quilos de pétalas por apresentação, equivalente a 18 mil botões de rosas.
Compras
Encerrando o passeio, fui às compras, onde encontrei boas opções, como moda, artesanato, decoração e souvenirs holandeses. Mas o que chama a atenção é o Shopping das Flores – amplo espaço para a venda de mais de 200 espécies e duas mil variedades de flores e plantas ornamentais de produtores locais. Fora a experiência aprazível, voltei para casa com uma muda de planta aquática num vaso de vidro, com um peixinho beta.
Enfim, reserve um fim de semana na sua agenda para visita a capital brasileira das flores nesta primavera.
Como chegar
De carro: siga pela rodovia Anhanguera até o km 86; pegue a saída de mesmo número e siga adiante, atento às placas que indicam Mogi Mirim. Na rodovia SP-340 (que liga Campinas a Mogi Mirim), você encontrará placas indicando Holambra.
Se preferir outra opção, siga pela rodovia dos Bandeirantes até Campinas. Ao chegar no entroncamento com a rodovia Anhanguera (km 103), entre na rodovia D. Pedro I e siga até o km 134 (saída 134), onde você entrará na rodovia SP-340, sentido Mogi Mirim. Preste atenção ao chegar no km 141: é a partir daí que começam a aparecer as placas indicando quantos quilômetros faltam para chegar a Holambra.
Serviço de atendimento ao turista: (19) 3902-4013.

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