Por que as árvores caem?

Assim como nós, as árvores envelhecem e morrem, mas o homem tem também a sua parcela de culpa.


É verão, estação de sol forte, calor e temporais. Nessa época do ano, tornaram-se comum na cidade de São Paulo, além dos alagamentos, as notícias de queda de árvores, bloqueando o trânsito, interrompendo o fornecimento de energia, destruindo telhados, amassando carros e, às vezes, deixando até vítimas fatais.

Neste início de ano, em um único dia na cidade de São Paulo, os bombeiros atenderam a 53 ocorrências envolvendo árvores que caíram. O recorde do verão passado foi de 145 árvores em um dia. Mas por que as árvores caem?

Assim como nós, as árvores envelhecem e morrem. Os cupins e a poluição também provocam a morte prematura das árvores. E árvore morta, um dia tomba. Mas o homem tem também sua parcela de culpa.

Para liberar a fachada de seus comércios, muitos proprietários fazem podas inadequadas que desequilibram as árvores. Alguns cortam as raízes que estavam quebrando a calçada, tirando sua sustentação, ou sufocam a árvore cimentando em volta do tronco sem deixar nada do solo exposto. A impermeabilização impede a aeração do solo e, consequentemente, das raízes, enfraquecendo a planta.

Já outros escolhem equivocadamente espécies nativas ou exóticas inapropriadas para áreas pequenas como quintais e calçadas. Conclusão: essas árvores não suportam as rajadas de vento e caem pesadamente sobre o que estiver embaixo, na maioria das vezes, carros estacionados.

Se você deseja ter e manter uma árvore embelezando e refrescando o seu ambiente, saiba que pode contar com ajuda habilitada. Por exemplo, o corte e a poda de árvores na cidade de São Paulo podem ser solicitados à Prefeitura pelo telefone 156 ou pelo site prefeitura.sp.gov.br.

Os viveiros Manequinho Lopes (no Parque do Ibirapuera), Arthur Etzel (Parque do Carmo) e Harry Blossfeld (Parque Cemucam, em Cotia), produzem mudas de várias espécies nativas de árvores, palmeiras, arbustos e herbáceas que, além de suprir as necessidades dos parques e áreas verdes municipais, são também fornecidas para munícipes pelo programa de arborização e ajardinamento. Há cerca de 200 espécies de árvores nativas das matas paulistanas nesses viveiros, onde é possível obter mudas e orientação de como e onde plantá-las, afinal, existe a árvore certa para o local adequado.

O flamboyant, por exemplo, é recomendado apenas para áreas grandes, pois chega a até dez metros de altura e tem raízes superficiais, então uma boa opção para quem gosta da espécie é plantar o também ornamental flamboyanzinho, que é menor e com raízes que não dão problemas.

E se desejar aprofundar-se no assunto, você pode fazer um curso de jardinagem ou de recursos paisagísticos na Escola Municipal de Jardinagem no Parque do Ibirapuera. Se cuidarmos bem das nossas árvores, elas suportarão melhor as intempéries do clima paulistano.

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