É HORA DE TROCAR

Mudança de hábitos e energia limpa são alternativas para o petróleo

No dia 20 de abril deste ano, aproximadamente 500 milhões de barris de petróleo jorraram no mar, ao longo de quase três meses, com a explosão e o posterior afundamento de uma plataforma da petroleira britânica British Petroleum. O vazamento, no sul dos EUA, se expandiu pelo golfo do México, provocando grande mortandade de aves, peixes e animais marinhos.

Essa tragédia ambiental, a maior na história dos EUA, chamou a atenção do mundo para a necessidade de planos de contingência que impeçam ou minimizem situações similares.

Infelizmente, ainda temos grande dependência de combustíveis fósseis, o que contribui significativamente também para o aumento da temperatura terrestre.

Com o crescimento econômico global ocorrido nos últimos anos, surgiu uma nova classe média mundial. Um terço da população da Terra tornou-se consumidor voraz, o que nos aproximou perigosamente do ápice da produção mundial de petróleo. O preço desse combustível chegou a aumentar em 400% e, segundo previsões da International Energy Agency, que presta orientação política para assuntos de energia aos seus países-membros, o barril de petróleo custará 100 dólares em meados de 2015 e 200 dólares em 2030.

O professor e ativista, Jeremy Rifkin, especialista em política energética, afirma que “o valor do petróleo repercute em todos os bens de consumo. Comida, roupas, carros, papel, todo produto que consumimos hoje tem seu valor pressionado pelo combustível. Com o petróleo muito caro, os preços sobem tanto que a economia do planeta inteiro se contrai. O poder de compra diminui, as fábricas fecham as portas, pessoas perdem o emprego. Aí reside um dos principais argumentos sobre a necessidade de novas fontes de energia”.

Para a mudança dessa matriz energética é preciso investir em fontes de energia renováveis e limpas, como a solar, a eólica, de biomassa, e estimular a mudança de atitude dos bilhões de habitantes deste planeta em relação ao consumo.


Por aqui e no mundo

Anualmente, o Brasil consome 12 bilhões de sacolas plásticas e cada um de nós utiliza aproximadamente 66 sacos por mês. Pesquisas estimam que existam cerca de 500 bilhões de sacos plásticos no mundo, entupindo bueiros, poluindo o ambiente, matando tartarugas, peixes e outros animais.

O Ministério do Meio Ambiente vem promovendo campanhas nacionais para reduzir o consumo de sacolas plásticas, orientando a população a recusá-las sempre que possível e reutilizá-las, fazendo com que a indústria do plástico, que é um derivado do petróleo, se mobilize na geração de outro tipo de material. Uma recente parceria entre a Braskem e o Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), em Campinas, tem por objetivo o desenvolvimento de um plástico verde, produzido com etanol de cana-de-açúcar, economicamente competitivo e sustentável.

Na Rússia, cientistas da Universidade Medelevev, em Moscou, desenvolveram uma técnica de reciclagem que permite a produção de um litro de gasolina a partir de um quilo de sachês de plástico reciclado.

A Alemanha reduziu drasticamente sua dependência do petróleo. Metade da energia solar existente no mundo é produzida lá. Além disso, o governo alemão tem dado incentivos à produção de carros elétricos que devem resultar na produção de um milhão de veículos desse tipo no país até 2020.

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