Mundo sem fronteiras

De bicicleta, porque quem chega assim não chega como quem quer conquistar, mas como quem compartilha, como quem visita os seus, sem pretensões.

Sentado em minha mesa, no fundo da sala, assim me imaginei, visitando povos, conhecendo terras, festejando a vida ao som de flautas com os filhos dos incas nas encostas das Cordilheiras.

Saciamos nossa sede num oásis inesperado do Saara. Após a colheita de arroz, sentamos sobre o calcanhar no chão da sala para tomar chá.

Quando chegou a noite, e que noite! Trazendo a brisa gelada não sei de onde, nos vestimos de urso e ficamos juntos compartilhando o calor, esperando ansiosos a passagem das horas, dos dias, daquela longa noite, para vermos o sol ressurgir, refletindo sua luz naquele imenso tapete branco que cobre o norte do norte.

Lembrei da brisa gelada vinda de não sei onde. Pensei no vento que cruza os mares e os continentes. Onipresente, assim como a água que se encontra no céu, na terra e abaixo.

Pensei na semente que germina, onde quer que caia, e nas nuvens que flutuam em qualquer espaço aéreo. Todos estes, indiferentes às imaginárias linhas divisórias que demarcam terras, levam a todos os cantos o que temos de maior valor: a VIDA.

Com a liberdade inviolável do pensamento, imaginei homens do norte, do sul, do oriente e do ocidente, sem bandeiras e nem partidos, unidos numa só língua: COMPREENSÃO.

Abri a agenda e assinalei a data... BREVE.

Utopia? Não.

Expectativa certa do estabelecimento de uma nova ordem, uma nova terra, um novo mundo, um mundo sem fronteiras!!!

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