Pelos bairros de São Paulo - Liberdade


A Liberdade é o maior reduto da comunidade japonesa na cidade
Por Sidney Tobias de Souza sidney@adeva.org.br
Bem, quem acompanha esta coluna observou que falamos sobre várias cidades próximas à capital paulista que nos proporcionam um bom passeio de um dia.
Desejando conhecer outras culturas, decidi ir um pouco além. Dar uma voltinha pelo mundo. Vamos? Calma, não sairemos de São Paulo. Sim, esta metrópole cosmopolita nos permite conhecer um pouquinho de muitos lugares do mundo.
Podemos começar pelo Japão, o país do Sol Nascente. E o reduto mais nipônico que eu conheço é o bairro da Liberdade. Pois bem. Meu passeio teve início na praça da Liberdade onde, em todos os finais de semana, há uma feirinha. Andando entre as barraquinhas, como um bom gaijin (estrangeiro, não japonês), curiosamente fui perguntando: “O que é isto? Para que serve?”.
Bem, encontrei bijuterias feitas de origami (dobradura), vareta para coçar as costas, hashi (palitinhos) dobráveis, zabutom (almofadinhas para se sentar no chão), kokeshi (bonequinhas de madeira que possuem uma grande cabeça e o rostinho pintado com finas linhas), biombos de bambu e outros tipos de artesanato.
Comida boa e variada
Nas barracas de comida, encontrei temakissushis, o yakitori (espetinhos de frango grelhados) e até aquela marmitinha fria chamadabentô! Eu provei e aprovei um tempurá de camarão. Aliás, para quem gosta de gastronomia, a comida japonesa é uma ótima opção com restaurantes e temakerias espalhadas por toda a cidade. Mas na Liberdade é bem comum as lamen houses, onde é possível saborear deliciosos macarrões lamen com molhos de carne suína e vegetais. Essa foi minha escolha para o almoço. Uma dica: esse prato fica melhor em dias mais frios, caso contrário, você vai passar um calorão, como eu passei.
O peixe é muito apreciado na culinária japonesa e é o ingrediente fundamental no preparo de pratos típicos como o sashimi (peixe cru) e osushi (pequenos bocados de arroz temperados com vinagre cobertos com fatias de peixe cru). Se você não abre mão da carne, experimente o sukiyaki que consiste em finas fatias de carne preparadas junto com verduras e tofu (queijo de soja).
Os temperos mais comuns na cozinha japonesa são o shoyu (molho de soja), o wasabi (raiz forte e põe forte nisso, pois, dependendo da quantidade, faz cair lágrimas), o misso (pasta de soja), o karashi (mostarda) e o dashi (caldo de peixe ou carne).
Uma pequena dose de saquê (vinho de arroz) é uma boa pedida para acompanhar esses pratos. Se você evita bebidas alcoólicas, peça a bebida predileta dos japoneses, o chá verde.
Tem lazer e cultura também  
Quem curte fazer belas fotos, na rua Galvão Bueno, ao lado do Portal, há um jardim japonês que pertence a Associação dos Lojistas da Liberdade. Vale a visitação. Aliás, nessa mesma rua, existem vários mercadinhos e lojas especializadas em produtos do Oriente.
Uma forma japonesa de entretenimento que caiu no gosto de todos é o karaokê. Há os karaokês box onde, numa salinha com isolamento acústico, você e sua turma podem se divertir cantando ou, se desejar, testar sua popularidade; há  karaokê com palco, telões e um público de centenas de pessoas. Então, vai encarar?
Terminando o passeio, dei uma chegadinha à Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa (Bunkyo), localizada na rua São Joaquim, 381. Sempre há algum evento cultural interessante por lá: festival de música e dança folclórica, concerto de koto, cursos, palestras, exposições, arte e mangá. Vale a pena conhecer!
Enfim, reserve um dia para passear no Japão sem sair de São Paulo. Vai ser divertido! ArigatôSayonara!
Outras sugestões “do Japão” em São Paulo: Pavilhão Japonês e Instituto Tomie Ohtake. Informações na seção Mais! Para seu lazer 

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