São Roque, Terra do vinho paulista

Esta denominação não é à toa. Afinal, desde sua fundação, cultiva-se uvas nessa cidade de topografia bastante acidentada e montanhosa.

Com o passar do tempo, imigrantes italianos e portugueses cobriram as encostas dos morros com vinhedos, instalaram suas adegas e transformaram São Roque na "terra do vinho".

Com um ótimo clima serrano, paisagens belíssimas e povo hospitaleiro, a apenas 60 km de São Paulo, a estância turística de São Roque oferece aos visitantes opções de lazer, com ar puro e muita tranqüilidade.

Até hoje, seus atrativos mais típicos são as adegas pertencentes a tradicionais famílias de vinhateiros, que formam o conjunto mais expressivo da indústria vinícola do estado de São Paulo. Por meio de estradas rurais pavimentadas, podemos visitar adegas com pontos de vendas, bom atendimento e uma atrativa degustação, é claro! Em algumas adegas, é possível ver de perto a produção – tonéis, engarrafamento e o acervo de máquinas antigas usadas na produção do vinho.

Na Estrada do Vinho, na altura do km 59 da rodovia Raposo Tavares, provei e aprovei a alcachofra em conserva. Aliás, se você decidir visitar a cidade, entre o final de agosto e novembro, poderá fazer o roteiro gastronômico da alcachofra, realizado no período da safra dessa flor comestível. É possível, então, conhecer as plantações, comprar conservas e alcachofras dos próprios produtores, além de saborear os mais apetitosos pratos onde elas são o ingrediente principal.

Para quem gosta de pescaria, nessa mesma estrada, encontram-se vários pesqueiros que oferecem, nos seus tanques fartos, espécies como pacu, tilápia, tambaqui, carpa, bagre e outros.

Mas se você quiser ver São Roque do alto, então não deixe de ir ao Ski Mountain Park, considerado o maior centro de lazer de montanha do Brasil. São 320.000 m2 de natureza e ar puro, a 1.000m de altitude. Lá você poderá usufruir a pista de esqui, o circuito de arborismo (na minha opinião, muito bem feito), o paintball e praticar montaria, por 15 reais cada atração.

Descer de tobogã e subir de teleférico custa 6 reais, mas se você decidir subir a pé, como eu fiz, economiza a metade desse valor. Lá você encontrará também playground, arco e flecha, mountain bike, churrascaria, casa de chá, taverna, vinhateria, lanchonete, ou seja, diversão para toda a família.

Para os mais ecológicos, há boas opções. Por exemplo, o Morro do Saboó, com, aproximadamente, 1.000 metros de altitude, que se alcança através de trilha com caminhada de nível médio, com vista privilegiada de toda região do seu topo. Em dias claros, dá para visualizar a cidade de Sorocaba, que está a 40 km de São Roque. Lembre-se que roupa confortável e um bom par de tênis são sempre apropriados para as trilhas.

Outra opção é a Mata da Câmara, a maior reserva ecológica da região, reconhecida pela Unesco como patrimônio da humanidade. Encontra-se numa área verde de 54 alqueires de Mata Atlântica, repleta de mananciais e habitada por esquilos, lontras, veados, entre outros animais selvagens.

Acessibilidade

O site da cidade, felizmente, é acessível – www.saoroque.sp.gov.br. Já, os demais itens de acessibilidade são do tempo dos bandeirantes, fundadores da cidade. Não há guias, intérpretes de libras, banheiros acessíveis a cadeirantes e tampouco folhetos de informações turísticas em braille.

Como chegar

De carro, pela SP 280, rodovia Presidente Castelo Branco, ou pela SP 270, rodovia Raposo Tavares, ambas pedagiadas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário