Jundiaí

Você já comeu fruta colhida no pé? Em Jundiaí você pode fazer isso. Esta cidade, a 40 km de São Paulo, faz parte do Pólo Turístico do Circuito das Frutas, um consórcio turístico intermunicipal que engloba, além de Jundiaí, as vizinhas cidades de Indaiatuba, Itatiba, Itupeva, Jarinú, Louveira, Morungaba, Valinhos e Vinhedo.

Entre as diversas culturas fruteiras do local se destacam as da uva, do morango, do caqui, do pêssego e do figo, e visitar as fazendas da região dá direito a colher frutas no pé e degustá-las com o sabor de antigamente.

Em Jundiaí, há três circuitos turísticos com essa finalidade: o do café e vinho; da natureza, orquídeas e mel; e do pêssego e vinho.

Todos incluem café da manhã e almoço em fazendas localizadas na encosta da Serra do Japi. Aliás, nessas propriedades rurais, encontram-se tradicionais adegas de vinho artesanal, de compotas, geléias e licores com frutas da época, além de inúmeros alambiques produzindo saborosas cachaças. Em uma das adegas, eu provei e aprovei um saboroso doce de figo.

Há também fazendas com riquíssimo acervo histórico. No sítio Brunholi, pode-se visitar o Museu do Vinho, e na fazenda Nossa Senhora da Conceição, uma fazenda histórica do ciclo paulista do café, existe o Museu do Café.
A própria Serra do Japi é, por si só, uma excelente atração – raro remanescente de mata atlântica, com uma riquíssima biodiversidade devido a sua localização ecotonal, ou seja, é uma região de encontro de dois tipos de florestas: a mata atlântica, característica da Serra do Mar, e a mata atlântica do interior paulista. Suas belíssimas trilhas com lagos e cachoeiras podem ser visitadas por grupos de 15 pessoas, com o auxílio de monitores locais.

Meu passeio por Jundiaí começou pela estação ferroviária, pois fui para lá de trem. Ela é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), juntamente com os imóveis e o acervo documental da Cia. Paulista de Estradas de Ferro, cujos trilhos ligavam Jundiaí ao interior do estado de São Paulo.

São 37 prédios, localizados em uma área de 111 mil metros quadrados. Dei uma passadinha em um deles, onde funciona o Museu Ferroviário, que tem em seu acervo vagões, carriolas, trilhos, além de documentos escritos e iconográficos, móveis, máquinas, maquetes, entre outros objetos.

Dirigi-me ao centro da cidade, atravessando a Ponte Torta, um verdadeiro monumento construído durante o ciclo ferroviário, sobre o rio Guapeva, para ligar o centro da cidade à estação ferroviária. Na segunda metade do século 19, essa construção de alvenaria de tijolos sem armação metálica, estilo arquitetônico bastante comum na época, era utilizada para a passagem de bondes puxados por animais da Cia. Paulista Carril Jundiahyana.

No centro da cidade, visitei o Solar do Barão, que pertenceu ao Barão de Jundiaí. Uma construção suntuosa do século 18, com características de sede de fazenda do ciclo do café. Atualmente, abriga o Museu Histórico e Cultural, que conta com um jardim agradável, apreciável acervo histórico, biblioteca, hemeroteca, fototeca, pinacoteca, espelhos venezianos, tocheiros negros franceses, além de outras peças de valor documental.

Nessa mesma rua é possível visitar o Teatro Politheama, fundado em 1911, a sala de espetáculos Glória Rocha, que foi o antigo mercado municipal, e a biblioteca municipal professor Nelson Foot, que funciona em um prédio inaugurado em 1896.

Acessibilidade

A acessibilidade ainda é do tempo do início das ferrovias. Apenas o site da cidade é acessível:
http://www.jundiai.sp.gov.br

Não há intérpretes de libras, banheiros acessíveis para cadeirantes e tampouco folhetos de informações turísticas em braille.

Como chegar

De carro, pelas rodovias Bandeirantes ou Anhanguera.

De ônibus, estação rodoviária da Barra Funda.

De trem, estação ferroviária da Luz.

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